Passou

  Um ano passa, naquela total rotina que nos cansa e que faz com que nos cansemos rapidamente da vida. 

  Pouco ou nada nos suscita interesse; entramos numa rotina em que é só casa-trabalho, trabalho-casa. Poucos são os dias de diversão, nao há tempo, o pouco que há nós só queremos descansar, mesmo sabendo que estamos a ser egoistas.

  Nós somos seres fracos, seres que OK dão luta mas que, desistem com muita facilidade. Uma autoestima em que hoje está altíssima mas que, amanha já está na lama. Interesses pessoais com zero conquistas por medo, por falta de empenho, por sofrimento.

  Mas que raio teve esse ano para ser tão azarento?

  Resposta fácil essa... esse ano foi assim porque houve uma morte, uma morte de um psicologico ativo, que depressa se tornou inativo, que quando finalmente acordou, ou seja reativou, reparou que o ano estava a acabar.

  Mudou é certo. Cresceu, amadureceu, reagiu, lutou e de todas as caidelas que teve durante esse ano, encarou-as de sorriso no rosto, sorriso esse que foi sempre invejado.

  Foi olhada de coitadinha durante algum tempo, já não havia amor próprio. As pessoas fotografavam-na com os olhos, criticavam o seu corpo, a sua forma de olhar, inclusive a forma de vestir.

  Mas ela reagiu, mudou o seu comportamento, já não se deixa levar com facilidade, vai com calma com tudo e todos, JÁ GOSTA DE SI, gosta de se tratar, de se mimar. Mas há uma coisinha que lhe falta para ter finalmente um sorriso lindo e brilhante no seu rosto. Falta-lhe ter o coração cheio, cheio de amor para dar e receber, e conseguir retirar de lá toda a dor de sofrimento e de ódio, toda a raiva e todo o medo, para que assim seja Feliz.

Após superar tudo isso, ela reparou que foi só mais um ano que passou.

Carina Sousa